Tags
Language
Tags
October 2025
Su Mo Tu We Th Fr Sa
28 29 30 1 2 3 4
5 6 7 8 9 10 11
12 13 14 15 16 17 18
19 20 21 22 23 24 25
26 27 28 29 30 31 1
    Attention❗ To save your time, in order to download anything on this site, you must be registered 👉 HERE. If you do not have a registration yet, it is better to do it right away. ✌

    ( • )( • ) ( ͡⚆ ͜ʖ ͡⚆ ) (‿ˠ‿)
    SpicyMags.xyz

    «Jazigo» by Gabriel Mocellin

    Posted By: Gelsomino
    «Jazigo» by Gabriel Mocellin

    «Jazigo» by Gabriel Mocellin
    Portuguese | EPUB | 0.1 MB


    O jazigo de um poeta jovem. Túmulo de uma poesia que se encerra?

    Como muita coisa neste livro de Gabriel Mocellin, seu título é de uma simplicidade enganadora. Pois se “jazigo” é o lugar onde algo jaz, estende-se, pode muito bem ser que o que tenhamos aqui seja, de ora em diante, um levantar-se, um nascimento. Um soerguer.

    E a qualidade da poesia que contém este Jazigo bem parece apontar nessa direção.

    «Choque inelástico», como se anuncia já de saída, a poesia deste livro aponta não somente o embate, a dureza do combate de palavras e de mundo, mas também a fertilidade da abordagem e da formação do autor, que não hesita em fazer seus versos se servirem do que de mais “duro” possa haver na ciência. Formas de ver o mundo que se cria.

    Formas de ver o mundo e as pessoas, e o eu que as enuncia, com uma sofisticação surpreendente num momento tão inicial da vida. O poeta que aqui se apresenta tem nada da ingenuidade que se poderia associar ao seu tempo de vida. Depois de se servir de réguas, compassos, de ideias e versos, ele chega a uma compreensão muito madura do papel da poesia como forma de expressão e comunicação, e, porque não?, também a uma leitura madura da vida, da realidade que matemática e linguagem procuram formatar.

    O mesmo poeta que declara aquele choque frontal é também a voz que confessa que «a falta do obstáculo me afronta», um verso que bem podia ter saído da obra de Fernando Pessoa.

    O mesmo garoto que quer usar a lírica como forma de dizer o que não se pode articular de outra maneira, produz também a bela imagem da palavra que, engasgada no cano da arma engatilhada, produz, apenas «soluço».

    Nada de soluções. Pois «nós somos um abismo». E a resposta final, afinal, "é óbvia / Não há resposta". Não espere confessionalidade. Não espere sentimento fácil neste Jazigo. Espere confrontar vida e versos com a devida seriedade.

    Caetano W. Galindo